domingo, 13 de dezembro de 2009

Stanley Jordan, Two Hand Tapping motherfucker FTW!

Tá, confesso que não sei nem por onde começar.

Meu, eu encostei no Stanley Jordan.

Se é pra começar do começo...

Stanley Jordan foi um lindo bebê nascido em 31 de Julho de 1959 lá em Chicago, nos EUA e, desde então, sua vida tem sido full of WIN, sério.

Blá blá blá, ele cresceu e foi fazer faculdade de Teoria Musical e Composição na mega Universidade de Princeton, ai o cara se formou e foi correr atrás de contatos para se enfiar na industria musical, certo?

Errado. O cara pegou sua guitarra e se enfiou no Metrote de NY, nas ruas da Filadelfia e outras cidades americanas, tipo aqueles caras que tu joga moedinha no case da guitarra, entendeu? Sem ter ideia de que você está dando dinheiro prum cara formado em Princeton, quer dizer...

Foda.

Ele alega que foi para "ganhar experiência". É como dizer...me formei em Medicina e fui fazer cirurgias espirituais para ganhar experiência, mas tudo bem, vindo o Stanley Jordan a gente aceita de boca calada.

Algum tempo depois, Bruce Lundvall - Executivo do selo musical gringo Elektra Music - procurou o Stanley para ele fazer uma audição. O cara chegou lá, botou pra fuder e foi chamado pra ser assinado como artista do selo.

Ai o Stanley recusou, disse que queria estar dedicado à música como se dedicaria à sua família.

Que lindo não é mesmo, minha gente? [/ReginaDuarte]

O cara CAGOU gomas e Bruce chorou lágrimas de sangue. Alguns anos depois, Bruce reativou o selo Blue Note Records (que tava meio caidinho) e Stanley falou "Meh...vambora...to de bobeira mesmo..." e se tornou o primeiro artista assinado na nova fase mega bem sucedida da Blue Note.

Em 1985 ele lançou o album Magic Touch e ficou em primeiro lugar na categoria Jazz da Revista Billboard por singelas cinquenta e uma semanas, além disso, o album colocou o cara na lista de Nominados ao Grammy em duas categorias.

Depois disso ele regravou Lady in Red do Michael Jackson, foi indicado a outros Grammies and shit...falei, full of WIN.

Não dá pra colocar tudo que o cara fez aqui, se não essa porra vai ficar muito grande (ui) e eu só queria dar um leve "background" de quem era o cara.

A parada mais importante é que o cara desenvolveu a técnica de Two Hand Tapping (ou double hand), o cara toca guitarra com as duas mãos!!!

"Dããã Bianca, eu também toco guitarra com as duas mãos enquanto toco RAUL"

Rapá queira tomar no seu cu, por obséquio.

Quando você toca RAUL, você usa uma mão para fazer os acordes e a outra pra fazer a guitarra fazer barulho, ? Pois é, o cara faz as notas com as duas mãos no braço da guitarra.

Vê ai e enfie o solo de 18 and Life do Skid Row no seu esôfago:



Na moral, eu choro.





O cara tá no meio do palco, resolve tomar uma águinha pra refrescas no meio do show enquanto a guitarra dele não pára de tocar, uma coisa mio Mister Emi assim, entende?

Surreal.

Antes que você começe a dar ataque e dizer que Steve Vai e John Petrucci são foda pra caralho, e eu concordar, vale lembrar que Stanley Jordan toca Jazz antes de tudo e os dois ai de cima beberam muito da água dele.

O cara VIVE de tocar em Double Hand, Petrucci e Vai fazem isso no meio do show para aparecer.

Resumidamente, se você mostar uma PALETA para o Stanley, ele vai te olhar que nem um Veado quando encara os faróis de um carro, assim ó:





Ano passado o cara lançou seu album mais recente, onde ele toca, leiam bem, o Concerto de Piano de mozart #21, aliás, essa é a minha trilha sonora em loop enquanto escrevo essa bosta.

Mas ainda não era isso que eu ia falar....

Ah sim!! eu ENCOSTEI NELE!

Meu querido cunhado Ricardo é um cara sagáz para caralho e a irmã que a vida me deu, Wanessa, me chamaram para ir ver o cara na Lona Cultural de Vista Alegre.

Antes que eu pudesse pirar o cabeção, eu pensei WHAT THE FUCK IS STANLEY JORNDA tá fazendo em VISTA ALEGRE??

Para minha surpresa, Stanley vem tocando direto no Brasil desde 2006 e eu não sabia, a não ser quando ele veio no Canecão em 2007 e lotou a casa, mas dai a tocar em Lonas Culturais em Campo Grande, Jacarepaguá e em pequenos festivais no interior do Brasil foi de mais pra minha cabeça.

A verdade é que não poderia ter sido mais perfeito, a Lona de Vista Alegre tem uma excelente acústica e o tamanho colabora para o estilo de som que o cara faz: Intimista, mas ao mesmo tempo de uma energia incrível!

Ele se juntou à Ivan "Mamão" Cuti, puta batera reconhecido la fora e que eu pude conhecer, e ao
Dudu Lima no baixo acústico e elétrico de 4, 5 e 6 cordas e fretless, ambos brasileiros. Meu sem noção o que esses caras fazem juntos no palco.

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Eu e Ivan "Mamão" Cuti

Apesar da presença de Dudu e Mamão terem sido pontos altos da apresentação, o Stanley consegue perfeitamente levar a coisa sozinho. Fechava os olhos durante a apresentação solo dele e tinha a sensação de que tinham, no mínimo, dois caras tocando no palco.

Absurdamente incrível.

Ele resolveu não esculaxar a galera e nos privou da cena foda dele tocando piano E guitarra ao mesmo tempo ou tocando duas guitarras ao mesmo tempo.

Mas não importa, quando ele começou a tocar O Quebra Nozes seguido de Eleanor Rigby eu esqueci de tudo.

No final do show o Ricardo resolveu que iriamos tirar uma foto com ele, eu achei a idéia fodástica e fui atrás, mas não sem antes trollarmos o palco e posarmos para uma foto hehehe

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Eu, Ricardo e Felipe "comida"


O Ricardo foi andando em volta do lugar até chegarmos no backstage onde avistamos o Ivan Mamão (quase, QUASE escrevo MANGA) ficamos lá na mó cara dura enquanto um pela-saco-baba-ovo-favelado do caralho fazia um documentário sobre o Mamão.

Quando começaram a nos encarar, tinhamos que inventar uma desculpa para estar ali.

Nos tornamos bloggeiros do site O Som da Música, que não existe (ou pelo menos não é nosso hehehe)

Ficamos uns vinte minutos, ou mais, esperando o Stanley terminar de dar umas entrevista do lado de dentro, mas quando demos conta estávamos lá dentro também. Ai o Stanley saiu do camarim ?

Ai o pela-saco-baba-ovo-favelado do caralho resolve berrar pro Stanley "HEY-YOU-GUITAR-HERO"

Meu, minha cara de vergonha alheia!!!! o_0

Enquanto Stanley passava por nós, eu gentilmente o chamei e comecei a falar inglês com ele. O cara é timido, mas super educado, falou com a gente, parou para tirar as fotos e pediu o endereço do blog para ler o Review do show...eu comecei a pedir caneta e papel em quase 3 linguas diferente, meu eu TREMIA.

Me deram o papel e a caneta e eu escrevo o nome do site - SOM BRASIL - Hein?? O combinado não era O Som da Música??

Foda-se, já tinha tirado minha foto com ele mesmo.

Photobucket

Eu e O CARA - MORRI e fui pro Paraíso do Two Hand Tapping Jazz e o caraleo!

Esse é o cara que integrou o time de músicos no Tributo à Jimi Hendrix. JIMI FUCKING HANDRIX.

Stanley Jordan está fazendo alguns shows pelo Brasil divulgando seu último trabalho (State of Nature - 2008) e a 5 anos estuda Terapia Musical, no site dele tem bastante coisa sobre isso, achei muito bom e acredito piamente que a música pode salvar vidas e curar as pessoas, acho que sou prova viva disso.

http://www.stanleyjordan.com/

Nunca na minha vida eu tive a oportunidade de encontrar um ídolo meu, posso dizer que foi um momento épico na minha vida. Outros ainda virão ;-)

Ah!! Quem abriu o show dele foi o grupo Banana Mix, SUPER recomendo a "ouvida"

http://www.banana-mix.com/

Wanessa, Ricardo e Comida (nova adição foda ai também), foi FODA estar com vocês nesse momento, surreal!!!

Quero só fazer uma observação, acho importante: O única coisa que eu sei tocar é o rebú e um pouco de apito também, mas quando a música corre no seu sangue e você é apaixonada por isso, convive com isso e não vive sem isso, você aprende a ser um apreciador de boa música, sem rótulos, seja ela qual for.

Inclusive Raul e Skid Row.

"A música é o remédio da alma triste." (Walter Haddon)

"Great music is that which penetrates the ear with facility and leaves the memory with difficulty. Magical music never leaves the memory." - Sir Thomas Beecham

"Without music, life would be a mistake." - Friedrich Nietzsche